Aparentemente, ser bonito pode, sim, te dar vantagens profissionais. Um estudo americano publicado no periódico Information Systems Research mostrou que existe uma ligação entre atratividade física e sucesso na carreira.
De acordo com as descobertas, graduados atraentes em MBA não só ganhavam salários mais altos, mas também tinham significativamente mais probabilidade de conseguir cargos de prestígio – a aparência deles pode ter influenciado as trajetórias profissionais ao longo de décadas.
Para conduzir esse estudo, um time de pesquisadores analisou os dados de mais de 43 mil alunos graduados em MBA. Eles rastrearam como a atratividade e o sucesso na carreira de cada um evoluíram ao longo de um período de 15 anos.
Os pesquisadores descobriram que os graduados mais bonitos eram recompensados pela sua beleza. Para os 10% mais atraentes, esse prêmio se traduzia em uma diferença salarial de US$ 5,5 mil a mais por ano, comparando com os menos bonitinhos. Acumulada durante o período do estudo, essa diferença totaliza US$ 82,5 mil – ao longo de toda uma carreira, ela pode resultar em dezenas de milhares de dólares em ganhos cumulativos.
O estudo, intitulado “Quando a beleza compensa? Uma análise de aparência baseada em imagem em larga escala sobre transições de carreira”, também destaca como essas vantagens se amplificam ao longo do tempo.
Os indivíduos atraentes, por exemplo, tiveram 52,4% mais probabilidade de ocupar cargos de prestígio nos 15 anos seguintes à graduação, demonstrando que o impacto da aparência se estende muito além dos estágios iniciais da carreira.
Contudo, esses benefícios não são uniformes em todas as áreas de atuação. Campos que exigem interação social frequente, como gestão e consultoria, são aqueles que mais recompensam a beleza, com a atratividade percebida como uma vantagem. Por outro lado, os campos mais técnicos como TI e engenharia eram significativamente menos tendenciosos nesse quesito.
“Este estudo mostra como a aparência molda não apenas o início de uma carreira, mas sua trajetória ao longo de décadas”, diz Nikhil Malik, principal autor do estudo e professor da University of Southern California. “Essas descobertas revelam um efeito persistente e composto da beleza em ambientes profissionais.”
Este estudo em larga escala fornece um dos exames mais abrangentes sobre o impacto de longo prazo da aparência nos resultados da carreira e enfatiza a necessidade de as organizações reconhecerem e abordarem preconceitos em contratações e promoções.
“Esta pesquisa ressalta como os preconceitos vinculados à aparência física persistem na formação de resultados de carreira, mesmo para profissionais altamente qualificados”, diz Param Vir Singh, coautor e professor da Carnegie Mellon University.
“É um lembrete claro de que o sucesso é influenciado não apenas por habilidades e qualificações, mas também por percepções sociais de beleza”, conclui Kannan Srinivasan, coautor também da Carnegie Mellon University.
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