
A popularidade das carreiras na área da tecnologia continua crescendo ano após ano, o que significa que há cada vez mais pessoas se capacitando para entrar nesse mercado. É uma ótima notícia – realmente precisamos de mais profissionais, e a tendência é que o setor siga crescendo. Contudo, engana-se quem acha que o conhecimento técnico é o suficiente para se destacar.
As soft skills, ou habilidades socioemocionais, são justamente o principal propulsor de carreiras tech. De acordo com o Fórum Econômico Mundial, até 2030, skills como criatividade, resiliência e pensamento analítico estarão entre as dez mais buscadas pelo mercado de trabalho. Nem precisamos esperar, na verdade; o relatório de Tendências Globais de Talento do LinkedIn do ano passado já mostra que 92% dos recrutadores consideram as soft skills mais importantes do que as habilidades técnicas no momento da contratação.
Isso é verdade inclusive, e talvez até principalmente, no setor de tecnologia. As empresas da área possuem ferramentas para automatizar processos e desempenhar diversas tarefas, mas não há substituição para características genuinamente humanas, como inteligência emocional e comunicação clara. É daí que surge a capacidade de resolver problemas complexos, o que toda companhia precisa. Em contextos críticos, em que falhas técnicas podem comprometer sistemas inteiros, profissionais que mantêm o pensamento crítico e a calma sob pressão são indispensáveis.
Ninguém nasce sabendo
O que não se pode esquecer neste contexto é que as soft skills não são inatas – elas podem e devem ser desenvolvidas. Naturalmente, algumas pessoas possuem mais facilidade com determinadas habilidades do que outras, mas o mesmo pode se dizer de qualquer competência técnica. Da mesma forma, é possível aprender e treinar para que o talento socioemocional esteja presente no seu desenvolvimento de carreira.
Existem diversas plataformas que oferecem capacitações específicas para soft skills, como Coursera e LinkedIn Learning – até mesmo gratuitas em alguns casos. Também existem programas de mentoria e desenvolvimento pessoal que ajudam a fortalecer competências como comunicação e gestão de conflitos, entre outras. Grandes empresas, como Google e Microsoft, já investem nesse tipo de treinamento.
Alcançar o equilíbrio entre habilidades técnicas e humanas é um desafio, não dá para negar. É preciso tempo e dedicação para criar esses diferenciais. O resultado, porém, é positivo para todos: os profissionais são mais valorizados e as empresas ganham vantagem competitiva.
O futuro das carreiras tech reside nessa combinação. Investir em autoconhecimento e desenvolvimento contínuo é, portanto, uma estratégia indispensável para uma trajetória sólida e relevante.
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