Do principal banco estatal do Brasil para o maior banco digital do país. Pouco tempo de deixar o comando do Banco Central, Roberto Campos Neto agora se soma às fileiras do Nubank. A partir de julho, o economista será Vice-Chairman e Chefe Global de Políticas Públicas do “roxinho”.
Em nota em seu site oficial, o neobanco anunciou a nomeação, destacando que Roberto terá um papel importante “para apoiar o programa de expansão internacional do Nu e o relacionamento com reguladores financeiros globais”.
Além disso, a empresa disse na nota que Roberto representará a Nu Holdings em fóruns e conselhos internacionais, além de elevar a análise econômica e de risco para as operações do Nu no Brasil e na América Latina, contribuindo para desenhar a estratégia de negócios de longo prazo do banco.
No comunicado, o fundador e CEO David Vélez (a quem Roberto reportará diretamente) saudou a chegada do executivo, que inovou no sistema financeiro brasileiro ao liderar esforços no Banco Central como o do PIX, Open Finance – e mais recentemente, o Drex.
Aliás, esse trabalho rendeu reconhecimentos internacionais para o Brasil e para Campos Neto: ele é a única pessoa a ter recebido o prêmio de “Best Central Banker of the Year” da revista LatinFinance por três anos consecutivos.
“Estamos confiantes de que sua vasta experiência técnica nos setores financeiro e regulatório proporcionará uma liderança estratégica valiosa para o crescimento contínuo de nosso portfólio e operações na América Latina e em futuras geografias”, pontua David.
Apesar do anúncio, o executivo só vai assumir a sua posição no Nubank a partir de dia 1º de julho, já que ainda está sob uma cláusula de quarentena de seis meses após a saída do Banco Central.
“Estou ansioso por essa mudança de carreira e por liderar as equipes do Nubank em sua jornada contínua para desenvolver produtos e serviços financeiros inovadores, apoiando políticas e regulações modernas e competitivas no cenário internacional, levando a um maior acesso, transparência e qualidade para os consumidores”, finaliza Roberto Campos Neto.