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Já ouviu falar da Ilha de Páscoa? Sai…

Já ouviu falar da Ilha de Páscoa? Sai…

Já ouviu falar de uma tal “Ilha de Páscoa” e automaticamente imaginou um lugar cheio de coelhos? Ou então pensou que ela teria algo a ver com a ressurreição de Jesus? Bem, a última resposta está parcialmente certa, mas a explicação está mais para a relação com o eurocentrismo. Também conhecida como Rapa Nui, esse lugar é puro mistério, cultura e um destino dos sonhos para quem curte história e aventura.

O GUIA DO ESTUDANTE bateu um papo com Ricardo Roitburd, professor de Turismo do Senac São Paulo, que contou tudo sobre esse lugar que é uma aula de história ao ar livre – com vulcões, cavernas, e aquelas estátuas gigantes que parecem ter saído direto de um filme de fantasia.

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A origem do nome

Parece mágica, mas a Ilha de Páscoa é real e fica lá no meio do Oceano Pacífico, a mais de 3.500 km da costa chilena. Isso mesmo: apesar de estar na Oceania, ela pertence ao Chile, mais precisamente à região de Valparaíso.

Segundo o professor Ricardo, a ilha ganhou esse nome porque foi encontrada por um explorador neerlandês, Jacob Roggeveen, em pleno Domingo de Páscoa de 1722. Mas calma lá: ela já tinha dono! O povo originário local, os Rapa Nui, vivia por lá bem antes disso e chamava a ilha de… Rapa Nui mesmo – que significa “Ilha Grande”.

Por isso, a Ilha de Páscoa não tem exatamente a ver com a história de Jesus Cristo e a celebração religiosa, mas sim com uma tradição bastante associada ao colonialismo: batizar novos lugares “descobertos” com os símbolos da cultura descobridora (neste caso, elementos do catolicismo).

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No caso do Brasil também aconteceu algo bem semelhante. Enquanto alguns povos originários daqui chamavam o território de Pindorama (terra das Palmeiras), Pedro Álvares Cabral tratou logo de batizar como Ilha de Vera Cruz. O nome, assim como na Ilha de Páscoa, tem a ver com o catolicismo: a expedição de Cabral acreditava carregar consigo lascas da verdadeira cruz em que Cristo fora crucificado.

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A história das estátuas gigantes

(Canva/Reprodução)

Sabe aquelas estátuas enormes que a gente vê nas fotos? São chamados de moais, construções de pedra vulcânica que representam os rostos dos ancestrais do povo Rapa Nui.

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“Existem mais de 800 moais espalhados pela ilha. Foram esculpidos entre os séculos 13 e 16 e podem chegar até 21 metros de altura e pesar 75 toneladas”, explica o educador. Cada um é único: tem orelhas longas, outros usam chapéus vermelhos (os “pukaos”) e alguns estão até enterrados. Aliás, o nome “moai” vem de “Moai Aringa Ora”, que significa “rosto vivo de nossos ancestrais.

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Para além dos moais: praias, histórias e festivais

Rapa Nui é muito mais do que moais. A ilha também oferece paisagens naturais incríveis e histórias que atravessam gerações. Um exemplo é a praia de Anakena, uma das duas únicas com areia branca. Segundo Ricardo, a tradição local conta que foi lá que o rei Hotu Matu’a desembarcou com os primeiros habitantes da ilha por volta do ano 1000 d.C., vindo da Polinésia. A maior praia da ilha, por outro lado, é formada por lava negra.

Outro ponto interessante citado pelo professor é a caverna Ana Kai Tangata, que pode ter sido usada para reuniões e ensino. Já o trekking da Rota dos Moais passa por várias estátuas e termina no vulcão Poike, o ponto mais alto da ilha.

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Todos os anos, em fevereiro, acontece o festival Tapati, com danças típicas, competições esportivas e trajes tradicionais.

Ainda dá para visitar:

  • O povoado cerimonial de Orongo, onde aconteciam competições pelo título de “homem-pássaro”;
  • A região de Rano Raraku, onde os moais eram esculpidos (e onde ainda existem estátuas inacabadas);
  • A Cueva de las Vírgenes, local de reclusão de jovens mulheres.

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