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Magnata de Bitcoin compra o primeiro voo espacial polar de sempre à SpaceX

Magnata de Bitcoin compra o primeiro voo espacial polar de sempre à SpaceX

A SpaceX continua a proporcionar momentos históricos na exploração espacial. Depois da primeira atividade extraveicular privada e do voo tripulado mais alto desde o programa Apolo, a missão Fram2 promete um feito inédito: a primeira missão espacial tripulada em órbita polar.


Até agora, nenhuma missão tripulada alcançou uma órbita polar

Pela primeira vez, uma nave espacial levará tripulantes a sobrevoar as calotes polares da Terra. Comandada por Chun Wang, um empresário sino-maltês que gerou uma fortuna através da mineração de Bitcoin, a tripulação de quatro elementos terá uma perspetiva única do planeta: vão observar os polos Norte e Sul a partir do espaço.

A inclinação máxima registada foi de 65 graus, durante a missão soviética Vostok 6 em 1963. A SpaceX pretende atingir uma órbita polar pura de 90 graus.

Para tal, a nave terá de ser lançada em direção ao norte ou ao sul, sobrevoando regiões habitadas, o que acarreta desafios adicionais. O consumo de combustível é maior e, em caso de emergência, a recuperação da tripulação pode ser mais complexa.

O lançamento da missão está agendado para segunda-feira, 31 de março, às 23h20 (ET), a partir da plataforma 39A do Centro Espacial Kennedy, na Florida. A SpaceX pretende recuperar o propulsor do Falcon 9 nas Bahamas.

Quem são os tripulantes?

A missão Fram2 é financiada por Chun Wang, cofundador da F2Pool, uma das maiores empresas de mineração de Bitcoin, e fundador da plataforma de Ethereum Stake Fish. O custo de um voo na Crew Dragon ronda os 200 milhões de dólares.

Wang, natural da China, obteve cidadania maltesa em 2023 e reside no arquipélago de Svalbard, na Noruega. O seu objetivo é visitar os 249 países e territórios reconhecidos no mundo. A tripulação inclui ainda uma cineasta norueguesa, uma cientista alemã e um médico australiano:

  • Jannicke Mikkelsen: Especialista em filmagens em condições extremas, será responsável por documentar a missão.
  • Rabea Rogge: Piloto da missão e investigadora em robótica polar, trabalha com tecnologias avançadas no Ártico.
  • Eric Philips: Médico da missão e especialista em expedições polares, com vasta experiência em guias de exploração.

Os tripulantes passaram por um exigente programa de treino de oito meses, incluindo simulações de microgravidade, técnicas de sobrevivência, primeiros socorros e treino de convivência em espaços reduzidos. A preparação incluiu também uma experiência no deserto do Alasca para simular condições extremas.

Missão da SpaceX durará de três a cinco dias

A Crew Dragon "Resilience" da SpaceX, que já participou em três missões anteriores (Crew-1, Inspiration4 e Polaris Dawn), será a nave utilizada. Estará equipada com o módulo Cupola, uma cúpula de vidro que proporcionará vistas panorâmicas dos polos.

Durante os três a cinco dias da missão, serão realizados 22 experiências científicas. Entre os destaques estão o SpaceXray, os primeiros exames radiográficos em microgravidade, e o Egress Study, que avaliará a capacidade da tripulação de sair da nave após a "aterragem" sem assistência externa.

 

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