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Organizações alertam sobre uso de ChatGPT nas escolas de SP

Organizações alertam sobre uso de ChatGPT nas escolas de SP

Organizações alertam sobre uso de ChatGPT nas escolas de SP
Foto: Imagem gerada por IA, após comando para foto de escola brasileira aprendendo sobre o tema – Fornecida por Ação Educativa

Diversas organizações da sociedade civil manifestam sua preocupação em relação à recente decisão da Secretaria de Educação do Governo de São Paulo, liderada por Renato Feder, de introduzir ferramentas de inteligência artificial generativa, como o ChatGPT, na elaboração de aulas digitais para professoras e professores da rede estadual. A medida, anunciada recentemente, é parte de um conjunto de iniciativas voltadas à implementação de plataformas digitais nas escolas públicas paulistas.

Segundo as organizações, não se trata da rejeição da tecnologia na educação. “O que propomos é que seu uso seja parte de uma discussão ampla e contextualizada numa perspectiva de que possa contribuir com a melhoria da qualidade educacional e com a valorização de profissionais da educação”, diz a nota assinada por: Abong, Ação Educativa, Alana, CENPEC, Coletivo 660, Comitê São Paulo da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Instituto Sumaúma, Instituto de Referência em Internet e Sociedade, LAPIN – Laboratório de Políticas Públicas e Internet, Instituto de Pesquisa em Direito e Tecnologia do Recife e Rede Escola Pública e Universidade.

Para elas, a utilização do ChatGPT na elaboração de aulas digitais deve abranger uma série de discussões fundamentais, como a questão da conectividade significativa – conceito utilizado pela Unesco que estabelece referenciais para o acesso de qualidade à internet. Uma pesquisa do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (CETIC.br), de abril de 2024, relou que um terço da população brasileira está na pior faixa de desempenho deste marcador, que considera 4 dimensões principais: acessibilidade financeira, acesso a equipamentos, qualidade da conexão e ambiente de uso. Clique aqui para saber mais sobre o estudo.

Outra crítica advém dos vieses presentes nos bancos de dados dessas ferramentas, pois já são conhecidas “as fragilidades na integridade informacional das produções da Inteligência Artificial, incluindo o plágio e a reprodução de ideias racistas e sexistas”.

As organizações defendem que a definição sobre o uso de qualquer tecnologia em larga escala seja orientada por uma consulta pública abrangente, dando prioridade à experiência e às necessidades das comunidades escolares, estudantes e profissionais da educação. “Qualquer abordagem que não valorize a carreira docente significa sucumbir a uma lógica mercadológica e tecnicista na educação, que não coloca em primeiro plano o desenvolvimento integral dos indivíduos e das comunidades escolares”, conclui a nota.

Para ler o conteúdo da nota na íntegra, acesse:
https://acaoeducativa.org.br/editoriais/ferramentas-de-inteligencia-artificial-generativa-e-a-desvalorizacao-da-carreira-docente/

Com informações de Adriana Silva e Mayara Martins, da Pauta Social.

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