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ICANN quer que startups tenham seu nome no domínio

ICANN quer que startups tenham seu nome no domínio

Você já deve ter visto por aí. Domínios “.globo”, “.itau”, “.bradesco”. Desde a abertura da Internet para novos domínios em 2012, grandes empresas pagaram altas quantias para registrar seu nome como endereço na web. 13 anos depois, a ICANN, entidade internacional responsável por cadastrar e gerenciar esses domínios, está preparando uma nova leva de domínios, mas agora quer convidar pequenas empresas e organizações para aproveitar.

Para isso, a ICANN criou no Brasil o Programa de Apoio ao Solicitante (ASP), uma iniciativa para viabilizar que mais empresas brasileiras e com faturamento de até US$ 5 milhões anuais tenham acesso ao domínio que grandes empresas pagam mais de R$ 1 milhão para obter.

“Conversamos muito com a comunidade brasileira e uma constatação é de que o preço só torna esse tipo de solicitação inviável para negócios de pequeno e médio porte, dado o preço em dólares e a variação cambial”, destaca Daniel Fink, diretor de relacionamento com stakeholders da ICANN. Só para ter uma ideia, para solicitar um domínio com o nome da empresa a preço cheio, a taxa é de US$ 227 mil.

Entretanto, com a nova iniciativa, a ICANN quer atrair negócios de menor porte, que podem solicitar as extensões de domínio personalizadas, chamadas Domínio Genérico de Nível Superior (gTLD), a um preço descontado de US$ 45 mil.

Como a iniciativa é inédita na região, e algo específico para mercados emergentes como o Brasileiro, a organização não tem uma estimativa do quanto espera atrair de empresas interessadas, mas o plano é democratizar o acesso. “Além disso, não se trata de uma iniciativa para startups e empresas menores, mas também para organizações sem fins lucrativos e ONGs que queiram se posicionar de outra forma na internet”, explica.

Oportunidades e ganhos

Mas afinal de contas, quais seriam os ganhos de pagar alto por um domínio com o nome da empresa? Segundo destaca Daniel, no exemplo das grandes empresas, o ganho foi de posicionamento. É o caso de gigantes nacionais como a Globo, que utiliza o “.globo” para todos os seus outros sites. No mercado internacional, um exemplo citado por Daniel é o da Audi. “Na Europa, a marca registrou o domínio e deu para todas as suas concessionárias na região”, explica.

Analisando do ponto de vista de empresas menores, com um faturamento e alcance bem distante de Audi e Globo, Daniel citou o exemplo das fintechs. No Brasil, bancos como Itaú e Bradesco possuem domínios com sua marca, não apenas por marketing, mas também como uma forma de se proteger.

“É uma estratégia importante na hora de evitar possíveis golpes de phishing, quando se envia um email com um ‘.itau’, por exemplo. Um ‘.com’ não oferece a mesma segurança”, destaca.

É por isso que o executivo da ICANN estima que as fintechs brasileiras representam um grande potencial de interesse para se beneficiar com o programa. Atualmente o país conta com um alto número de startups no setor financeiro, e boa parte delas ainda atende aos requisitos do programa.

“São empresas que perdem muito com golpes. Estamos oferecendo uma forma de se destacar, mas também de se tornarem mais seguras e preparadas para caso se tornem grandes no futuro”, finaliza o executivo.

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